terça-feira, 17 de janeiro de 2012

"cum estrupo fica mái miló i nóis góshta mái né"

E é assim mesmo que o brasileiro médio formula suas ideias depois de anos de degradação da educação básica e da total deterioração da língua, tudo com a chancela de jumentos e inocentes úteis. Se teve estrupo no bigbó, ou apenas um boato sobre isso, fica bem mái miló, os anunciantes bandalhos se regozijam e alguma ministra sabe-se lá de quê pede esclarecimentos, como se não houvesse nada mais importante nessa fazenda chamada Brasil. O caráter de tudo isso é medido pela falta de caráter do organizador dessa autêntica saturnália da patifaria, o produtor sem utilidade, elevado à condição de gênio, que saiu em defesa do suposto estuprador para em seguida jogá-lo ao mar como peso morto.

Não vou me ater à atuação de réprobos, barnabés, messalinas ou palermas desprovidos de educação e suas nauseantes gírias. Eu gostaria de investigar o nível de solidez do cérebro dos tatus que assistem a uma coisa como essa. Identificar e classificar o chorume em que se transformou o cérebro dos répteis que se dignam a comentar uma coisa como essa nas famigeradas mídias sociais (sic). Em um primeiro momento, pedem a exclusão do suposto estuprador; logo a seguir, pedem para ele voltar. Tanto faz! Oscilam nos mais diversos assuntos, precisam manter suas mentes ocupadas para não se depararem com o demônio em que se transformaram. Demônios malditos. Repetidores, escravos, dorminhocos, comedores/fazedores de cocô.