quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A pergunta

Por que eu não nasci na Holanda?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Não é só a Câmara Municipal de Curitiba que fede: todo o centro da cidade tem cheiro de merda

Os coitadinhos dos vereadores tiveram que "suspender uma sessão" nesta semana porque a tubulação de um dos banheiros da Câmara Municipal de Curitiba arrebentou. Viram um bom pretexto para acabar com a sessão - o que, no fim das contas, não faz a menor diferença. Pena que os pobres diabos dos demais curitibanos não têm essa opção: hoje, no centro da cidade, o cheiro de merda continuava o mesmo. De tão acostumado, o curitibano nem sente mais o cheiro de merda; de tão hipnotizado por idiotices e inutilidades, o curitibano acha normal respirar esgoto nas ruas, nos parques e nos terminais de ônibus. Quem reclama é chato, entendeu? É assim que o curitibano se relaciona com os problemas do lugarejo: quem reclama de alguma coisa é chato. Deve ser por isso que elegem e reelegem um bando de inúteis e ainda aprovam as administrações (sic). Torço para que toda a tubulação da Câmara Municipal arrebente e para que todas as sessões sejam suspensas; torço para que a merda invada de vez tal casa de leis, pois só assim será possível neutralizar a merda produzida em tantos cérebros-intestino. A única dificuldade será identificar alguma coisa em meio a esse mar de bosta esparramada.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Do parentismo larvar ao mundo das galés

Na CBN, Mazza diz que a política brasileira é dominada "por um parentismo larvar". E a seguir, sobre o maldito mundo do trabalho, a geração de emprego e renda e todas essas idiotices: "Falam que vivemos na democracia, na liberdade, mas tem coisas da época das galés". Tinham que dar a manhã inteira pra esse cara falar.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cachorro morto na Caximba? Agora que eu entendi

Ouçam essa entrevista que foi ao ar na BandNews de Curitiba. Explica parte disso aqui.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Departamento de Aporrinhações ainda funciona


Todos os cruzamentos da rua Coronel Dulcídio são assim: você está parado no vermelho e o próximo sinal está aberto. Quando chegar lá, estará fechado. E o próximo estará aberto. Quando chegar, ele estará fechado, e o próximo aberto. E assim por diante. É a onda vermelha de Curitiba. Alguns gênios dirão que o importante é sincronizar os sinais das avenidas que cortam a Coronel Dulcídio (na foto, a Getulio Vargas). Mas os sinais das avenidas também não têm sincronia. Falta sincronia na cidade inteira. Culpam o aumento da frota pela balbúrdia no trânsito, mas falta um pouquinho de bom senso aos gestores. Parece que só o Departamento de Aporrinhações no Trânsito anda funcionando a contento, para testar mais um pouco os limites do saco do eleitor-contribuinte.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Lixo hospitalar em aterro, ar poluído e ônibus desgovernado: depois, eu é que sou chato

Três notícias da Gazeta do Povo desta quinta-feira, 2 de setembro:

1 - A maravilhosa prefeitura de Curitiba foi multada em R$ 100 mil por causa do descarte de lixo hospitalar no aterro da Caximba, aquele problema no sul da cidade que certo ex-prefeito não teve competência, coragem e vontade para resolver. A prefeitura, como sempre, deu desculpas esfarrapadas. Essa é a "capital ecológica", segundo idiotas, puxadores de saco profissionais e meia dúzia de cafajestes salafráfios. Leia aqui.

2 - Levantamento do IBGE mostra que em 2008 a região metropolitana de Curitiba teve 41 registros de poeira em excesso no ar, contra doze na região do Rio de Janeiro e quatro em São Paulo. "Na série histórica do dióxido de enxofre, que pode causar chuva ácida, Curitiba chegou a registrar 13 violações em 2005", diz o texto. Deve ser esse o ar puro da "capital ecológica". A cidade está transbordando de carros porque o transporte coletivo é um merda e a prefeitura não faz nada além de "binários" (que estavam previstos no plano gestor da cidade há umas duzentas décadas). E certo ex-prefeito se promoveu com a demagogia sobre certo metrô que não saiu do papel. O metrô não saiu do papel, mas a grana para centenas de estudos e outras enganações saiu do cofre municipal. E como saiu, mas isso ninguém fala. Mais sobre o ar podre de Curitiba aqui.

3 - No ano passado, uma mulher morreu porque a porta de um ônibus abriu sozinha. O que deu a investigação? Nada. Dias depois, uma senhora caiu para fora do ônibus e foi arrastada por causa de um problema semelhante. O que deu a investigação? Nada. Dia desses, um ônibus desgovernado invadiu uma loja no centro da cidade e matou duas pessoas. O que deu a investigação? Nada. Nesta quarta-feira, outro ônibus desgovernado bateu em cinco carros estacionados. Onze pessoas ficaram feridas. Deve ser esse o "transporte modelo". Certo ex-prefeito abriu uma licitação para contratar as empresas de transporte coletivo (só porque o Ministério Público exigiu) com um único objetivo: manter as mesmas empresas. Mais sobre o acidente de quarta-feira aqui.

Essas os blogueiros que ganham da prefeitura não noticiam. Pergunte pra eles por quê. Seria o caso de a população cagar dentro de sacos plásticos e jogar na cara dos "administradores" e dos vereadores, mas isso nunca acontecerá. Pois uma coisa é certa: mesmo que os ônibus matem duzentos por dia, mesmo que o ar fique preto, mesmo que a cidade inteira se transforme em um aterro fedido, o prefeito, seja ele quem for, terá 70% de aprovação. Porque o curitibano não pensa: solta flatulências pelo cérebro.

Curitiba não é uma cidade, é um inferno a céu aberto.