sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CWBótimo

As coisas às vezes chegam a um ponto em que tudo se funde e vira nada. Se você reunir tudo que existe em um único ponto, não haverá nada fora desse ponto, nada com o qual ele possa ser comparado. E ele se tornará em nada, pois não haverá conceito possível sobre ele. É como ouvir algo semelhante a sou o robin hood da paixão ecoando nas ruas da capital-farol de bananogrado. Pensei sobre isso. Já vi grandes idiotices, aos milhares, mas essa certamente figura entre as dez mais. O bom dessa música é que o cara pode ser qualquer coisa: pode se jogar nesse amor, tornando-se o kamikaze da paixão; pode encarnar o sandinista e virar o guerrilheiro da paixão; pode renuciar ao sexo, o celibatário da paixão; pode vender alfaces e se anunciar o verdureiro da paixão; etc. A culpa não é só de Sidicley & Sidicleyson, dupla que certamente existe e gravou essa música; são só dois idiotas que aprenderam a somar a+b. Nem dos empresários ou produtores deles. A culpa é de quem aceita conviver com esse tipo de coisa. Sou obrigado a dizer que tudo está ótimo, que a percepção de que tudo tende ao nada faz de mim um otimista. O nada! Quando não é possível classificar, separar e julgar, quando não existe sequer a possibilidade de perceber, com qualquer um dos sentidos, tamanha cretinice como essa.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Chuva, incompetência e cara-de-pau

Chuva, chuva, alagamentos, engarrafamentos, desmoronamentos, mortos e desabrigados por todo o país. "Em um dia, choveu o previsto para toda a quinzena", dizem os idiotas. Sempre dizem coisas como essas, os idiotas. Se eles dizem, é porque o "previsto" era furado. É papo furado e sempre será. É quase como dizer "vou jogar nesses seis números porque são os que mais saíram na mega-sena". E daí que são os que mais saíram? A probabilidade é sempre a mesma. Portanto, se estão previstos tantos caralhômetros de chuva para quinze dias, e chove esse tanto de caralhômetros em um dia, foda-se; a tentativa de explicação (furada) não resolve nada. O grande problema é: as cidades não resistem a uma chuva? Não falo de um dilúvio, falo de chuva. Não, não resistem. Por quê? Porque os administradores públicos estão preocupados com eleições a cada dois anos. Querem viajar atrás do apoio de bandoleiros, rufiões e outros membros da nata bananeira; pensam em beneficiar seus doadores de campanha, em obras que apareçam aos olhos dos jumentos que formam fila para eleger esses trastes. Também vale liberar construções de comparsas em áreas de proteção ambiental ou que não comportam edificações. Ou fazer vista grossa antes de comparecer à inauguração do empreendimento, como dizem as mulas-sem-cabeça. Depois de tudo isso, "choveu demais". Quando "chove demais" e tudo vai abaixo, os jumentos gritam diante das câmeras, xingam os administradores públicos idiotas que eles mesmos elegeram. Algum tempo depois, marcham rumo à urna eletrônica e votam nos mesmos idiotas. Isso quando não votam em idiotas piores que os primeiros. Porque, em se tratando de Brasil e raça humana, nada é tão ruim que não possa piorar. E bastante!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Gente feia, burra, chata e irrelevante

Hoje dei uma volta no centro da cidade e digo, como já foi dito: é preciso tomar banho de criolina depois dessa experiência assustadora e degradante. Curitiba é um CU do mundo, um fim de mundo. Um fim de tudo, sem esperanças. Barão do Rio Branco, José Loureiro, Marechal Floriano, Terminal Guadalupe: tudo isso devia ser bombardeado em nome da boa convivência, do bom senso. São seres que se arrastam em meio a pensamentos estúpidos; mal-ajambrados, malcriados, mal-educados, mal-tudo que você imaginar, repetidores de imbecilidades ininteligíveis em novilíngua caipira, produção de seus neurônios transformados em coprólitos. Lanchonete de chinês vendendo almoço por quatro reais, quatro e cinquenta "com fritas"; pastelaria decadente escura e engordurada; lojas de eletrodomésticos com televisões berrando música sertaneja; lojas de um-nove-nove com rádio ligado no volume máximo, locutores que despejam fezes com vozes insuportáveis; mocréias digitando celulares, promoção de colchão vagabundo, gordas com sacolas abarrotadas, ônibus travando o caminho, cheiro de esgoto, doentes mentais que pedem cigarro e despejam demência em frases desconexas. Os símios não percebem quase nada do que se passa ao seu redor, vivem em total desatenção. Não param, não observam, têm sempre os miolos abarrotados de merda, cada volta de seus miolos tomada pela merda. Mal e porcamente respiram. Macacos autômatos que tomam fanta laranja quando faz calor. Mortos vivos no ônibus, na fila, na calçada. Gente que paga impostos, que vota, que fala sem parar. Mortos vivos. Fim de mundo. Cu-do-mundo-Curitiba-fedentina. Vida que se arrasta, sem volta.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Jornalismo mauricinho

Mário Bortolotto detona o jornalismo mauricinho: http://atirenodramaturgo.zip.net/
Tem mais é que descer a borracha mesmo.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Zilda Arns

Zilda Arns, que morreu no terremoto do Haiti, era uma das únicas pessoas que faziam alguma coisa de útil em Curitiba e no Brasil. Não tinha ido até lá pra aparecer, ganhar votos, puxar sacos ou sair na foto. Em seu site, a prefeitura de Curitiba preferiu destacar um prêmio fajuto recebido em Washington.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Na quarta série sem saber ler

Está no blog do Zé Beto: a rádio Banda B mostrou hoje a história de um garoto de 9 anos, morador de Curitiba, que está na quarta série e não sabe ler. Imaginem quantos estão na mesma situação. Tudo por um motivo: escolas que aprovam mais ganham mais grana. Quanto mais as escolas estaduais e municipais aprovam, mais recursos o governo estadual e a prefeitura recebem do governo federal. Assim, todos são aprovados. Reprovou? Tá aprovado. Faltou o ano todo? Tá aprovado. Cagou na mesa do professor? Tá aprovado. Jogou a carteira no professor? Tá aprovado. Sim, esse país é lindo. Tem gente que “ama” isso aqui.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Sobre aprovações recorde

De um camarada sobre a aprovação estratosférica do prefeito Beto nada-faz Richa em Curitiba: "Uma população de idiotas só pode ter um idiota como ídolo". Acho até que foi educado.