sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O bem intencionado e eficiente escritório de representação dos laboratórios farmacêuticos


Basta uma planta nascendo entre os paralelepípedos para a tal Agência proibir. Quer chá de bagomeu? A Super-Agência proibiu. Quer chá de picaminha? A Agência proibiu! A Agência proibiu tudo - ou está em vias de. Dia desses li que a ditatorial Agência foi atrás de produtores de queijo em Minas Gerais. "Queijo irregular", dizia a putrefata mídia. O cara que fazia o queijo foi preso. Porque a agência proibiu. Tem lei que regulamente o queijo? Não precisa, a agência legisla e governa por portarias.

Enquanto isso, os ansiolíticos circulam livremente pelo país e a manada de imbecis consome sem parar, como mostra matéria do site da agência de notícias do governo federal. É o admirável mundo novo, onde dão uma boleta para as pessoas não saírem da linha. E é exatamente isso, idiota é quem acha que não. Tomou ansiolítico demais, ficou idiota. Ou vice-versa, pois em se tratando de Brasil e raça humana a probabilidade de a mula já nascer imbecil, com o cérebro derretido, é bem alta.

A Agência deve ter um canal direto com a indústria farmacêutica, uma linha privativa em que o representante dos acionistas diz o que deve ser proibido para que eles vendam veneno a preço de ouro nesse gigantesco aterro sanitário. Com a chancela de médicos ignorantes e irresponsáveis. Atenuante: um povo que se digna a assistir à programação da Rede Globo de Televisão deve mesmo precisar de bombas como essas.