terça-feira, 15 de junho de 2010

Tudo sobre a seleção brasileira

Ah, então a seleção brasileira estreou na copa do mundo. Fez o que mesmo? Tocou de lado na intermediária, fez lançamentos* furados e mal ergueu bolas na área. Dois ou três panacas tentam chamar a responsabilidade para si, como dizem os idiotas, e batem cabeça em meio a uma total ausência de esquema. Os adversários, como muitas vezes conseguem ser ainda piores, caem na conversa. De tantos lançamentos* furados, bolas mal erguidas, cruzamentos frustrados e bicudas para o meio da área, uma hora o adversário falha. E a bola entra, para delírio de centilhões de jumentos.

As pessoas não entendem o que é não torcer para a seleção brasileira. Elas acham que é algo deliberado, de gente que é do contra. Eu não consigo torcer pela seleção brasileira desde que o Baggio chutou aquele pênalti para fora. Acabou ali, tá bom assim. Nunca suportei ver as caras do Ronaldo, do Roberto Carlos e do Cafu, e acho incrível essa tríade de estrupícios não ter ido a mais uma copa para bater recordes. Tenho nojo do time do Zagallo que perdeu para a França, mascarados a praticar um futebol de terceira linha. Não suporto ruas pintadas de verde e amarelo, propagandas de banco em que o pequeno brasileiro sonha e acredita, comentaristas preocupados com as sensações da copa.

Este, aliás, é um ponto interessante. O brasileiro quer ser campeão, mas só quer pegar babas pelo caminho. Coréia, Gana, China, é disso que brasileiro gosta. Se pudessem, seriam trinta vezes campeões enfrentando a Concacaf. Chegam a torcer para que adversários tradicionais e mais fortes fiquem fora do mundial, só para facilitar o caminho do Brasil, como dizem os cérebros de bovídeo. Preferem ver bandos sem formação tática e humildade a ver qualquer outra equipe bem armada e talentosa. Qual é a graça?

Pra variar um pouco, a seleção brasileira bem que poderia apresentar um futebol digno um dia. Que perca todos os títulos, mas que apresente algo de novo, não uma grupelho de burocratas que não consegue nem reproduzir em campo o que o Dunga (!) fala. E jamais torcerei para um time do Dunga. O Dunga nunca foi técnico, foi só um puxa-saco - e cagueta, como deixou claro o Mário Sérgio. O Dunga nem nome tem, seu apelido é "Dunga". Dunga não existe no futebol, foi apenas contratado durante um tempo para testar gramados ao redor do mundo. Alguns sobreviveram. E a roupa que ele usou durante o jogo contra a Coréia também não existe. Foi só um pesadelo meu.

* Desde que o "Dunga" apareceu no futebol, o conceito de lançamento mudou por aqui. Atualmente é uma bicuda para onde o nariz está virado, como se um hipopótamo tentasse armar um contra-ataque na savana, sem conseguir, contra a defesa dos rinocerontes que tentam praticar o futebol-arte, dado que não existe mais bobo no futebol, mas sempre levando-se em conta que a camisa dos hipopótamos pesa mais.