terça-feira, 13 de outubro de 2009
Em um arremedo de país, que mais se assemelha a um bueiro, estrada mata mais que guerra
Vinte e quatro pessoas morreram nas estradas do Paraná, as Alagoas do sul do país, durante o feriado. A média é de oito mortes por dia, mas e daí? Nesse chiqueiro de país, enterram e pronto. Quando o assunto é mortes em estradas, não vemos nenhuma mobilização, nenhum gênio preocupadinho. Ninguém tapa os buracos, ninguém conserta os erros de engenharia, ninguém sugere tirar essas porcarias de caminhões das rodovias, porque a primeira característica dos “homens públicos” é a falta de culhão. Ninguém sugere investigar em qual rabo enfiaram a grana destinada à manutenção das rodovias, ninguém levanta quantos morreram em estradas pedagiadas, onde as concessionárias enchem o bolso. O máximo que esse bando de vagabundos faz é colocar algum orangotango vestido de policial rodoviário pra falar, e ele invariavelmente dirá que “a culpa é da imprudência” (sic). Ou seja, o cara morre em uma estrada vagabunda e ainda leva a culpa. Típico de um país que mais se assemelha a um bueiro rodeado de baratas, moscas e ratos que brigam para acomodar suas sujas e inúteis patas na imutável, invariável e incontestável MERDA que pauta suas vidas.