Ainda sobre a pedreira: a ação foi ajuizada pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná. Já que tal órgão com nome de comitê soviético demonstra tanta preocupação com o bem estar da população curitibana, a ponto de interditar o local, exponho algumas dúvidas e sugestões. Quem tiver mais pode encaminhá-las para o e-mail mamp@mp.pr.gov.br.
1 - Shopping center em área de manancial pode? O que faz certo shopping então ao lado do Parque Barigui? O CAOP-PJPMA-MP-PR demonstrou alguma preocupação, em algum ponto de sua existência? Quem entrou com uma ação foi uma ong. Construir um caixote de concreto em área de manancial, fodendo de vez com o trânsito da região, pode?
2 - O CAOP-PJPMA-MP-PR já pensou nos proprietários da região central de Curitiba cujos imóveis não têm ligação com a rede de esgoto? Não? Por quê? Respirar esgoto é bom? Não tem mesmo outro jeito? A Sanepar e a prefeitura não entram na dança?
3 - O Rio Iguaçu é o segundo mais poluído do Brasil. Quem disse isso foi o IBGE em 2008. O CAOP-PJMA-MP-PR se preocupa com isso, ou só pensa em shows na pedreira?
4 - Promover um cortejo de 20 carros de corrida no centro da cidade, com os bólidos acelerando, estourando tímpanos e jogando fumaça, só porque o então prefeito não passava de um cabeça-de-purungo. Pode?
5 - Jogo de futebol, com briga, invasão de campo e ônibus depredados. Pode?
6 - Os rios da cidade estão podres. O CAOP-PJPMA-MP-PR alguma vez notificou a prefeitura, ou pensa apenas em sacolinhas plásticas?
7 - Construir condomínio de luxo em área de preservação ambiental. Pode?
8 - Morar às margens do Rio Barigui, em áreas de manancial na Cidade Industrial de Curitiba: pode? Jogar lixo no rio pode? Quais as providências?
9 - Antenas de celular: qual o risco? Alguém já fez uma pesquisa séria? A promotoria está preocupada com isso?
10 - Como se desfazer de um remédio em Curitiba? Podemos saber qual a destinação correta e onde levar, por favor? Posso ter certeza, para poder dormir ao menos uma vez tranquilamente, de que a promotoria está minimamente preocupada isso?
Mande suas dúvidas e sugestões para o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná! Se o nome do negócio já é uma burocracia sem fim, imagine as respostas.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"Novas Diretrizes para o Sono do seu bebê"
Assim mesmo, com D e S maiúsculos. Não me pergunte por que não leio e-mails. Lá vou abrir uma mensagem idiota como essa? Desde quando o sono tem "diretrizes"? É alguma espécie de complicação para vender uma solução? Pois que tomem no cu.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Prática diária de leitura abstrata
A grande serventia da rede é ensinar a não ler. Dada a inutilidade do chamado conteúdo, restaria a forma, que é podre, porca, relaxada. Portais, megaportais e plataformas interplanetárias deviam ter vergonha e contratar pessoas que saibam ao menos juntar letras. Mas não tem sido essa a política dos bocas-de-burro; querem correr para dar a mesma lenga burocrática de sempre, o mesmo prato sem sal, as mesmas caras. Basta ler os nomes de certas personalidades para um inenarrável sono se apossar de meu ser; e acontecimentos então; e os temas. Nada porém como os blogueiros, principalmente alguns de província. Entretem-se com frases sem estilo, esfaqueiam pontos, usam vírgula entre sujeito e predicado; sempre a puxar sacos, intercalam frases e falas de desocupados com opinião para tudo, opiniões sobre tudo que nada valem. Sites, portais, blogs, plataformas interplanetárias e tuiteiros de merda: as pessoas leem isso. Depois que o ser humano aprende a ler, nada é não-lido, qualquer amontoado de letras é automaticamente decifrado. Tenho certeza de que o resultado disso é um depósito de cocô no cérebro, um arquivo de informações desprezíveis, um gigantesco cansaço sem propósito, um acervo de vontades satisfeitas ou frustradas, um aterro sanitário de inutilidades a consumir minha sagrada energia, que deveria estar sendo dedicada a qualquer outra coisa neste exato momento. Hoje, só tenho a agradecer aos imbecis, bem como à imbecilidade em seu âmago de mediocridade gestada: graças a eles, descobri que posso apenas passar os olhos pelas letras, sem nenhuma reação, sem que signifiquem nada. Nada.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Que falem os tamanduás
Da página oficial do Enem: "O Ministério da Educação apresentou uma proposta de reformulação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e sua utilização como forma de seleção unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais." Eu vi bem a reformulação que eles fizeram. Não quero saber de Enem, Sisu e Sifu - poucas vezes na vida vi assuntos tão enfadonhos, tão sonolentos. Só duas perguntas: 1) Se não conseguem nem formular uma prova sem erros, quem são eles pra avaliar alguém? 2) Isso tudo é pra dar risada? Se for, peço aos burocratas do governo federal que procurem melhorar o nível das piadas, pois atesto que o saco encheu. E chega de governo popular, neoliberalismo privatista, sabotagem e demais baboseiras, a campanha já passou. O governo brasileiro, todos sabem, é dos tamanduás. E assim continuaria, e assim continuará.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
E nunca mais o Jornal Nacional
Deixo emprego e diploma, vendo bens. Faço qualquer coisa pra lavar pratos em Bruxelas.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O Sul não é o meu país
Se fosse, eu faria as trouxas e cruzaria a fronteira. Seria a ditadura de uma classe média inútil e seus adjacentes, a falar alto e defecar conceitos desprezíveis. Novos-ricos, biltres em roupas ridículas. Safardanas em ternos amassados, comprados em lojas de província. Playboys vadios e embriagados que matam no trânsito sem pagar por seus crimes. Desocupados que leem a Veja. Velhotas vigaristas que bebem veneno. Patifes que votariam em qualquer vagabundo que prometesse instalar grades em suas ruas. Porcos safados, indecentes que dividem o oxigênio com todo tipo de filho-da-puta em seus antros de maledicência e infantilidade. Detentores de pretensa indignação urdida em praças de alimentação de centros comerciais ordinários. Bobos alegres, lambedores de botas. Defensores da ditadura militar, modo de governo bananeiro originado em uma quartelada vagabunda de republiqueta terceiro-mundista. Cafajestes, cães pestiados que odeiam tudo que é diferente. Sexistas, racistas, xenófobos, dissimulados. Moralistas de fundo de quintal. Caras-de-pau. Bêbedos, hereges, apóstatas, fornicários, papistas de ocasião. Proxenetas, frequentadores de casas de tolerância. Tratantes, salafrários. Canalhas, réprobos, especuladores. Entusiastas dos ganhos alheios. Orelhas de burro. Puxa-sacos, traidores, repetidores de frases feitas. Covardes que fogem e culpam os demais por suas patifarias. Nojentos que agridem a língua portuguesa ao abrir a boca. Paspalhos iletrados, caipiras que viajam pra Miami. Desclassificados. Escumalha. Ralé. Corja de analfabetos.
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