terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Gente feia, burra, chata e irrelevante

Hoje dei uma volta no centro da cidade e digo, como já foi dito: é preciso tomar banho de criolina depois dessa experiência assustadora e degradante. Curitiba é um CU do mundo, um fim de mundo. Um fim de tudo, sem esperanças. Barão do Rio Branco, José Loureiro, Marechal Floriano, Terminal Guadalupe: tudo isso devia ser bombardeado em nome da boa convivência, do bom senso. São seres que se arrastam em meio a pensamentos estúpidos; mal-ajambrados, malcriados, mal-educados, mal-tudo que você imaginar, repetidores de imbecilidades ininteligíveis em novilíngua caipira, produção de seus neurônios transformados em coprólitos. Lanchonete de chinês vendendo almoço por quatro reais, quatro e cinquenta "com fritas"; pastelaria decadente escura e engordurada; lojas de eletrodomésticos com televisões berrando música sertaneja; lojas de um-nove-nove com rádio ligado no volume máximo, locutores que despejam fezes com vozes insuportáveis; mocréias digitando celulares, promoção de colchão vagabundo, gordas com sacolas abarrotadas, ônibus travando o caminho, cheiro de esgoto, doentes mentais que pedem cigarro e despejam demência em frases desconexas. Os símios não percebem quase nada do que se passa ao seu redor, vivem em total desatenção. Não param, não observam, têm sempre os miolos abarrotados de merda, cada volta de seus miolos tomada pela merda. Mal e porcamente respiram. Macacos autômatos que tomam fanta laranja quando faz calor. Mortos vivos no ônibus, na fila, na calçada. Gente que paga impostos, que vota, que fala sem parar. Mortos vivos. Fim de mundo. Cu-do-mundo-Curitiba-fedentina. Vida que se arrasta, sem volta.