segunda-feira, 26 de julho de 2010
O Enem, o Enade e o SiSu. E depois vem o SIFU
Nada mais intragável do que essas barbaridades inventadas pelo governo federal para medir o nada: tais disparates só têm utilidade para quem sofre de insônia. No mais, eu não sei o que um jornal pretende ao tratar de assuntos insuportavelmente chatos, bobagens gestadas por burocratas que passam a vida com a bunda esparramada na cadeira do gabinete. A educação brasileira é uma bandalheira, uma colcha de retalhos nas mãos de políticos vagabundos que só pensam em negociatas e eleições a cada dois anos, um circo no qual os palhaços são os alunos, os pais e os professores; um simulacro formador de turbas que não conseguem interpretar um texto ou indicar com o dedo sua localização no planeta. Um prato cheio para governantes probos isentarem multinacionais cafajestes que se lambuzam na mão de obra barata do terceiro mundo; um prato cheio para os probos se reelegerem, e depois elegerem seus filhos, seus cunhados, seus sobrinhos, seus netos, seus sobrinhos-netos, seus lambedores de botas e demais vermes dessa republiqueta de bananas. Isso é a educação brasileira, o resto é conversa de burocrata, puxa-saco e acadêmico inútil. Ninguém em sã consciência deixaria o sistema educacional nas mãos de prefeitos e governadores que só pensam em aumentar o próprio patrimônio, que se elegem para passar dois anos distribuindo cargos e negociando a próxima eleição. Por mais inverossímil que pareça, tem gente que acredita nisso tudo. Nisso e em muito mais.