terça-feira, 27 de julho de 2010
Curitibano, criai vergonha
Então o atual prefeito biônico é o "melhor do Brasil", segundo os bovinos de Curitiba, a capital-lorota da nação. Tem a nota mais alta e a melhor avaliação entre os prefeitos de outras capitais idiotas. E o governador biônico do Paraná é o "terceiro melhor do Brasil". Vereadores e deputados também devem ser. Desistam, essas são as novidades do dia. Legal é que os curitibanos não podem nem sair de casa direito, sob risco de tomar um tiro na cabeça, mas o governador é sempre "bem avaliado", como dizem os tatus. Por aqui, qualquer um tem aprovação recorde. É que panacas se identificam com panacas. Foi assim com o ex-prefeito e atual candidato ao governo, eleito oito vezes consecutivas "o melhor prefeito do Brasil": por que foi eleito? Porque é o prefeito, está tudo ótimo. Tanto faz, o ônibus vai sempre feder. Por aqui, basta "não ser polêmico": é só repetir as asneiras de sempre e dar uma superfaturada retocada por aí. Se valesse a pena, eu perguntaria aos cérebros de ariranha: o que o atual prefeito fez? Quem é ele? Quais os seus projetos? Mas não vale. E até o título desta nota está errado: seria demais pedir vergonha por aqui.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
O Enem, o Enade e o SiSu. E depois vem o SIFU
Nada mais intragável do que essas barbaridades inventadas pelo governo federal para medir o nada: tais disparates só têm utilidade para quem sofre de insônia. No mais, eu não sei o que um jornal pretende ao tratar de assuntos insuportavelmente chatos, bobagens gestadas por burocratas que passam a vida com a bunda esparramada na cadeira do gabinete. A educação brasileira é uma bandalheira, uma colcha de retalhos nas mãos de políticos vagabundos que só pensam em negociatas e eleições a cada dois anos, um circo no qual os palhaços são os alunos, os pais e os professores; um simulacro formador de turbas que não conseguem interpretar um texto ou indicar com o dedo sua localização no planeta. Um prato cheio para governantes probos isentarem multinacionais cafajestes que se lambuzam na mão de obra barata do terceiro mundo; um prato cheio para os probos se reelegerem, e depois elegerem seus filhos, seus cunhados, seus sobrinhos, seus netos, seus sobrinhos-netos, seus lambedores de botas e demais vermes dessa republiqueta de bananas. Isso é a educação brasileira, o resto é conversa de burocrata, puxa-saco e acadêmico inútil. Ninguém em sã consciência deixaria o sistema educacional nas mãos de prefeitos e governadores que só pensam em aumentar o próprio patrimônio, que se elegem para passar dois anos distribuindo cargos e negociando a próxima eleição. Por mais inverossímil que pareça, tem gente que acredita nisso tudo. Nisso e em muito mais.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O time de armandinhos da Espanha
O mundial foi ganho por um time de armandinhos que gira pra lá e pra cá e só cisca de lado. Como é chato ver a Espanha jogar. Seus adversários tomam o gol porque ficam de saco cheio de tanta firula. E aquele juiz vagabundo não marcou um escanteio para a Holanda antes do gol espanhol, até aquele polvo do capeta viu que a bola bateu na barreira. Não deu o escanteio, os franzinos foram lá e abriram o placar - e estava na cara que ia ser assim, armandinhos girando e fazendo um gol no final. A Holanda devia ter esquecido o que um dia foi, devia ter jogado como Áustria: uns cavalos lá na frente, subindo em todas e escorando pra quem vem de trás. Ligação direta neles! Perereco, bola rebatida. Mas o que eu queria mesmo é ver esses armandinhos da Espanha tentando girar na frente do União Bandeirante da década de 70, ao lado do canavial da Vila Maria. Seja como for, qualquer coisa é melhor que o time do Dunga. Falando nisso, os panacas que ainda acreditam e não desistem nunca que se preparem, porque o Parreira vem aí. Isso é Renovarrr!
sábado, 3 de julho de 2010
Como é bom perder a copa do mundo de futebol
É um alívio indescritível. Acabou. O saldo da copa na África é positivo para o Brasil, a grande vitória foi se livrar do Dunga. É sempre assim: é preciso que milhões de idiotas da nação, chorosos e em roupas de palhaço, desçam ao nono círculo do inferno só para perceber o que não queriam perceber enquanto havia tempo. Ter o Dunga como técnico considero um disparate, mas torcer para um projeto como esse já é digno dos infernos. Só no mais profundo dos infernos é que devem torcer para um time assim.
Pra começar, o Dunga devia ter levado como assistente o Mauro Silva, que em 94 era obrigado a aguentar o próprio Dunga arrancando grama ao seu lado. Deixassem o time com o Mauro Silva. Nada de Jorginho, que é chato, mas que cruzava melhor que o tal de Maicon. Time base do Dunga: um goleiro mascarado, dois zagueiros razoáveis e dois fracotes nas laterais; um marcador sem sal, uma cavalgadura fardada, um cumpridor de ordens e um moço correndo pra todos os lados, testando passes e tentando bolas colocadas; um atacante que gira e dança sozinho e um centroavante que se considera o camisa nove dos sonhos. Técnico: mané pastel e boca suja que arrancava tocos.
Com quase isso o Brasil jogou bem no primeiro tempo contra a Holanda, foi a única coisa razoável que fez no mundial. Acho que o Brasil devia jogar sempre de azul. É mais sóbrio e o jogo fica mais honesto, aquele amarelo irritante só atrapalha, parece roupa de manobrista. Quando entra de azul o Brasil ainda tem a possibilidade de amarelar, o que é também possível, porém imperceptível, quando já está fardado de amarelo. De amarelo o Brasil toca a bola de lado, sem nenhuma opção de jogo, até que um adversário erra e a bola entra. De azul o Brasil vai pra cima, como no primeiro tempo. Depois, amarela.
Saldão do Brasil na copa: não fez nada contra a Coreia do Norte, que não poderia disputar a segundona do campeonato goiano; não fez nada contra Costa do Marfim, apenas dois gols rapidamente, um deles irregular; não fez nada contra Portugal; não fez nada contra o Chile, só alguns gols bobos; fez um bom primeiro tempo contra a Holanda, apagou no segundo. Os quatro primeiros jogos não contam, a copa começou e terminou contra a Holanda. É simples, quando o adversário não se borra quem tem grandes chances de se borrar é o Brasil. E a Holanda não se borraria, pois tem um futebol melhor que o nosso. À exceção de Romário, os melhores jogadores holandeses das duas últimas décadas são melhores que qualquer jogador da seleção brasileira desde 1990 - só falta alguém dizer que iria de Denilson ou Rivaldo, ou quem sabe o Ronaldo babando e tropeçando na banheira. A Holanda nunca foi campeã do mundo porque nunca abandonou o bom jogo só pra erguer a taça, como certos arremedos que se iludem com vitórias fúteis, times burocráticos e insossos que enchem e estouram o saco de toda uma nação. A Holanda pelo menos jogava bonito, agora pensa em ganhar e não encontra grandes dificuldades para enrabar a seleção brasileira - que não teve nada além do que pediu e mereceu ao longo de toda a competição, como dizem certos remanescentes cérebros de emu da tasmânia.
Pra começar, o Dunga devia ter levado como assistente o Mauro Silva, que em 94 era obrigado a aguentar o próprio Dunga arrancando grama ao seu lado. Deixassem o time com o Mauro Silva. Nada de Jorginho, que é chato, mas que cruzava melhor que o tal de Maicon. Time base do Dunga: um goleiro mascarado, dois zagueiros razoáveis e dois fracotes nas laterais; um marcador sem sal, uma cavalgadura fardada, um cumpridor de ordens e um moço correndo pra todos os lados, testando passes e tentando bolas colocadas; um atacante que gira e dança sozinho e um centroavante que se considera o camisa nove dos sonhos. Técnico: mané pastel e boca suja que arrancava tocos.
Com quase isso o Brasil jogou bem no primeiro tempo contra a Holanda, foi a única coisa razoável que fez no mundial. Acho que o Brasil devia jogar sempre de azul. É mais sóbrio e o jogo fica mais honesto, aquele amarelo irritante só atrapalha, parece roupa de manobrista. Quando entra de azul o Brasil ainda tem a possibilidade de amarelar, o que é também possível, porém imperceptível, quando já está fardado de amarelo. De amarelo o Brasil toca a bola de lado, sem nenhuma opção de jogo, até que um adversário erra e a bola entra. De azul o Brasil vai pra cima, como no primeiro tempo. Depois, amarela.
Saldão do Brasil na copa: não fez nada contra a Coreia do Norte, que não poderia disputar a segundona do campeonato goiano; não fez nada contra Costa do Marfim, apenas dois gols rapidamente, um deles irregular; não fez nada contra Portugal; não fez nada contra o Chile, só alguns gols bobos; fez um bom primeiro tempo contra a Holanda, apagou no segundo. Os quatro primeiros jogos não contam, a copa começou e terminou contra a Holanda. É simples, quando o adversário não se borra quem tem grandes chances de se borrar é o Brasil. E a Holanda não se borraria, pois tem um futebol melhor que o nosso. À exceção de Romário, os melhores jogadores holandeses das duas últimas décadas são melhores que qualquer jogador da seleção brasileira desde 1990 - só falta alguém dizer que iria de Denilson ou Rivaldo, ou quem sabe o Ronaldo babando e tropeçando na banheira. A Holanda nunca foi campeã do mundo porque nunca abandonou o bom jogo só pra erguer a taça, como certos arremedos que se iludem com vitórias fúteis, times burocráticos e insossos que enchem e estouram o saco de toda uma nação. A Holanda pelo menos jogava bonito, agora pensa em ganhar e não encontra grandes dificuldades para enrabar a seleção brasileira - que não teve nada além do que pediu e mereceu ao longo de toda a competição, como dizem certos remanescentes cérebros de emu da tasmânia.
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