segunda-feira, 31 de maio de 2010
"Direita", ou melhor: vara de porcos
Só existe uma coisa mais fedida que a esquerda, e essa coisa se chama direita. Nesta segunda-feira, as cocotes destras estão virando purpurina para provar que o mal encarnou e estava a bordo da frota atacada pelos humanistas de Israel, aquela democracia que só quer a paz, mas que sempre é covardemente violentada. Veja bem: tudo que Israel faz é bom. Se Israel isolou a Faixa de Gaza, era necessário. Se bombardeou crianças, a culpa foi dos pais das crianças. Agora que atacou navios fora de seus domínios, deve ter sido uma ação justa. Tais maniqueísmos e distorções já mostram o que vale essa vara de porcos direitistas: vale um saco de bosta. Suas opiniões são como o cheiro do esgoto, pare de respirar e prossiga. Sem contar que essas raparigas se pautam apenas pelos loucos amores que têm por escritores cafajestes, filósofos canastrões, barõezinhos que dão ré no quibe, foliculários afrescalhados, blogueiros cheios de vermes etc. Vai que resolvem dar a vida (sic) por eles. Chegam a ser engraçados alguns ditos conservadores: eles querem conservar tudo, como boas dondocas da titia, mas para conservar as próprias pregas eles não servem. Façam um favor para a humanidade: morram!
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Alceni, não te esqueci
Está no site Consultor Jurídico: o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou diligências contra o glorioso deputado federal pelo Paraná Alceni Guerra, do DEM. Segundo o site, "Em 1998, a prefeitura de Pato Branco assinou um convênio com o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná para pavimentação de ruas da cidade. O MP acusa o então prefeito de ter superfaturado em 57% o valor previsto inicialmente para a obra." O injustiçado Alceni foi secretário municipal em Curitiba na segunda "gestão" de Beto Richa, quando o então já candidato tucano dedicou seu tempo a: 1) viajar em campanha antecipada pelo interior do estado; 2) viajar para descansar na Europa. Há algum tempo, Alceni foi condenado pelo STF a devolver 600 mil à prefeitura de Pato Branco. Quem quiser que vá lá e vote.
terça-feira, 25 de maio de 2010
Constatações sobre a capital-cocô, vol. IX
Nos fins de semana, a principal opção cultural do curitibano é visitar as exposições da BIGOLIN Materiais de Construção.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Ouvidos inúteis, língua incontrolável
Esse trabalho de observação do homo sapiens é a senda do desgosto. Porque observar seres humanos em suas vidinhas e neuroses diárias é o desgosto supremo, a missão mais funesta que alguém pode abraçar. Só terei a lamentar se a sociedade humana não for à bancarrota em um futuro próximo, pois os limites já me são intoleráveis. Nossa espécie cresce falando, aprende as primeiras palavras com um, dois anos de idade. Para nós, é normal falar. Convencionou-se que uma pessoa fala e a outra ouve, e que assim surge uma interação, uma troca de informações. Na prática, pouca é a comunicação. As pessoas perderam a noção de que falar é se comunicar: elas falam por falar.
Observe o diálogo entre duas pessoas normais: na maioria das vezes uma conta uma história, a outra rebate com outra história. Uma cita um exemplo de sua vida, conta uma experiência sua. A outra finge que ouve enquanto aguarda uma brecha para citar um exemplo de sua vida, para contar uma experiência sua. Diálogos se tornam um amontoado de historinhas, permeadas por impressões de alguém situado em um determinado ponto do tempo e do espaço. A relatividade dessas situações, no entanto, não é percebida pelos interlocutores. Informações, conceitos e opiniões ganham um tom de absoluto – para quem falou, é claro. Juca diz que comprou materiais de construção na loja A, que é a mais barata; Jacó diz que comprou na loja B, que tem mais qualidade. Note que eles não percorreram todas as lojas para fazer tais afirmações; é só a visão a partir de um ponto. Ambos se despedem e vão embora, como se tivessem proferido verdades absolutas; assim que se dão as costas, um esquece a merda despejada pelo outro. Seguem então com suas verdades.
Há outra categoria, a dos que simplesmente não ouvem nada, e isso independe de classe social e grau de instrução. Os mais instruídos são tão abertos, tão descolados, tão inteligentes e cheios de informação, que não conseguem sossegar o rabo e ouvir o que o outro tem a dizer. Aboliram a educação, interrompem os demais, como se todos quiséssemos ouvir um amontoado de conceitos débeis, historinhas furadas, piadas sem graça e vozes de taquara rachada. As pessoas agem como a prima de Boris Kruschenko em "Love and Death", filme de Woody Allen: ele fala que está indo para a guerra e que poderá morrer; ela, de olhos vidrados, responde apenas com perguntas sobre o irmão dele, pelo qual era apaixonada. Um diálogo modelar. O ser humano chegou a um ponto em que seus ouvidos são inúteis, pois ouvem apenas bobagens, a ponto de não apreender nada de útil. Já suas línguas são o chicote de toda e qualquer bolha de bom senso que possa existir em uma sociedade de cérebros de bugil.
Observe o diálogo entre duas pessoas normais: na maioria das vezes uma conta uma história, a outra rebate com outra história. Uma cita um exemplo de sua vida, conta uma experiência sua. A outra finge que ouve enquanto aguarda uma brecha para citar um exemplo de sua vida, para contar uma experiência sua. Diálogos se tornam um amontoado de historinhas, permeadas por impressões de alguém situado em um determinado ponto do tempo e do espaço. A relatividade dessas situações, no entanto, não é percebida pelos interlocutores. Informações, conceitos e opiniões ganham um tom de absoluto – para quem falou, é claro. Juca diz que comprou materiais de construção na loja A, que é a mais barata; Jacó diz que comprou na loja B, que tem mais qualidade. Note que eles não percorreram todas as lojas para fazer tais afirmações; é só a visão a partir de um ponto. Ambos se despedem e vão embora, como se tivessem proferido verdades absolutas; assim que se dão as costas, um esquece a merda despejada pelo outro. Seguem então com suas verdades.
Há outra categoria, a dos que simplesmente não ouvem nada, e isso independe de classe social e grau de instrução. Os mais instruídos são tão abertos, tão descolados, tão inteligentes e cheios de informação, que não conseguem sossegar o rabo e ouvir o que o outro tem a dizer. Aboliram a educação, interrompem os demais, como se todos quiséssemos ouvir um amontoado de conceitos débeis, historinhas furadas, piadas sem graça e vozes de taquara rachada. As pessoas agem como a prima de Boris Kruschenko em "Love and Death", filme de Woody Allen: ele fala que está indo para a guerra e que poderá morrer; ela, de olhos vidrados, responde apenas com perguntas sobre o irmão dele, pelo qual era apaixonada. Um diálogo modelar. O ser humano chegou a um ponto em que seus ouvidos são inúteis, pois ouvem apenas bobagens, a ponto de não apreender nada de útil. Já suas línguas são o chicote de toda e qualquer bolha de bom senso que possa existir em uma sociedade de cérebros de bugil.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Taniguchi é condenado a seis meses de prisão
Por "mau uso do dinheiro público" quando foi prefeito de Curitiba. Leia aqui: "O ex-prefeito foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de autorizar o pagamento de R$ 4,9 milhões em precatórios de desapropriação de imóveis não incluídos no orçamento da prefeitura". A pena não será cumprida, porque está PRESCRITA. O mais legal no currículo desses geniais urbanistas curitibocas é que geralmente eles são condenados, mas dez anos depois. Ser condenado depois de uma década dá um certo charme à trupe, anódina que é por natureza. Ainda mais porque "a pena prescreveu", algo como escreveu, não leu e o pau não comeu. Pois que fique o carimbo! Acho ainda que a lei brasileira devia se basear nos enterros sumerianos, em que a corte ia para a tumba ao lado do rei morto. Junto com o ex-prefeito, o STF devia ter condenado todos os IDIOTAS que votaram nele.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Mônaco depois da corrida
Ah, como é bom passar uma temporada no Principado logo após a prova da fórmula 1. Um clima de calmaria, de circo que já passou. Apenas respirando, caminhando, observando. Agora farei uma caminhada em Larvotto, amanhã vou a Fontvieille. E depois volto para falar mais degradanTEs verdaDEs a respeito DE nossa cidaDE.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Entre asno e asnos, o já eleito e seus eleitores
Peço desde já para não tomar conhecimento de nada que diga respeito à eleição de outubro. Infelizmente, por mais que tentemos passar ao largo dessa pantomima, desse desprezível espetáculo de vergonha, sempre somos atingidos por panfletos, comentários inúteis de cérebros simiescos, adesivos em carros de idiotas e a visão de bandeirinhas agitadas pelo deplorável lumpesinato que invariavelmente fica sem pagamento depois da festa. Não quero conhecer as “melhores propostas” para o nosso estado. Nem se fossem propostas eu estaria interessado. E não são: são apenas mais lorotas criadas por come-dormes com cargo público. E o principal motivo para eu me manter distante dessa campanha nojenta: não quero ver a cara do já eleito, segundo os puxa-sacos, candidato ao governo. Porque o já eleito, segundo os puxa-sacos, é um cabeça-de-vento, um zero à esquerda que se cercou de gente pior do que ele, gente que não vale a sombra que projeta, o feijão que come, a merda que caga todos os dias. E porque o já eleito é um péssimo administrador, um péssimo político, um péssimo orador etc. Só sendo muito, mas muito jumento, pra alguém sair de casa no dia da eleição e votar em outro jumento. Mas, quando se trata do já eleito e seus eleitores, fica difícil saber quem está mais próximo do asno.
Se você não gostou, resta uma opção: tirar as roupas e sair rodopiando, aos berros estridentes, pela Rua 15.
Se você não gostou, resta uma opção: tirar as roupas e sair rodopiando, aos berros estridentes, pela Rua 15.
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