sexta-feira, 11 de maio de 2012

Um país de merda onde nada pode ser dito

Só se for para puxar sacos, evidentemente: aí está liberado. Fazem 512 anos que um circo itinerante de puxa-sacos e sifilíticos se instalou neste fim de mundo, e de lá para cá os lambe-botas vêm se reproduzindo como ratos. É preciso puxar sacos, dizer que a nação está no caminho certo porque uma turba de descerebrados pode comprar lixo a prestação, com juros sobre juros embutidos bem no meio do rabo. Nada além de puxa-saquismo pode vir à tona, pois as vestais que chafurdam no dinheiro público ficam ofendidas; recorrem então a promotores desocupados que dão atenção a propagandas de roupas íntimas, pedem auxílio a cabides de emprego que atendem pelo nome de ministério. O poder público destina seus parcos recursos a perseguir a livre expressão, em nome da liberdade, enquanto 50 mil são mortos por ano, enquanto 80 mil crianças desaparecem por ano, enquanto os oligopólios vendem dejetos para uma população de batráquios. Homicidas fogem do local do crime e andam livremente, pois a lei criada por deputados patifes, que valem menos que bosta, assim permite; já falar qualquer coisa tem grande repercussão entre canalhas que passam seus dias em redes sociais ridículas. E paremos por aqui: se não gostou, crie uma ong para torrar recursos públicos e encher o saco por aí, arregimentando analfabetos que berram e seguram faixas. Depois disso, vá tomar bem no meio do seu cu.