Nem tenho dormido à noite, tal meu receio desde que certos democratas se reuniram em algum clube militar por aí para defender o que chamam, em suas particulares interpretações dos acontecimentos, de "liberdade de imprensa". Sem dúvida um lugar apropriado: como bem sabemos, os militares brasileiros têm um longo histórico em defesa da liberdade de expressão. Ninguém mais indicado para sediar um evento que deve ter reunido a nata da abobrinha bananeira. Principalmente neste momento, em que o presidente "ataca a liberdade de imprensa". Alguma dúvida? Nenhuma. Gostaria de saber: algum jornal foi empastelado durante o atual governo? Algum jornalista foi preso? Os anunciantes foram pressionados pelo governo e deixaram as páginas das publicações que fazem oposição? O governo, de alguma forma, impediu que denúncias sobre seus casos escabrosos fossem publicadas? Então quer dizer que esse xilique, essa farsa, só existem porque a nata bananeira está perdendo as eleições e porque o presidente fala besteiras em comícios? O presidente falar besteiras é alguma novidade?
Para a nata bananeira, "liberdade de imprensa" é derramar recursos públicos na conta bancária de chantagistas, carrapatos, proxenetas e editoras em estado falimentar. É o poder público destinar milhões para publishers (desculpem) rastaqueras de terceiro mundo, especuladores baratos e analfabetos em troca de meia dúzia de edições de revistinhas vagabundas. O resto é "atentado contra a liberdade de imprensa", como bem se vê. É diante de "atentados" como esse que palhaços e cocotas saem às ruas, lambendo sorvetes e tomando água mineral, em movimentos "cansei", ao lado de integralistas, skinheads e outros filhos-da-puta desse arremedo de país.
O que a nata bananeira quer é ser comprada, quer suas publicações lambendo o saco do governante. Quando a nata julga que o governante não merece ter o saco lambido, começa a choradeira pela "liberdade de imprensa". Na província do Paraná, certo governador pagava todos os jornais e seus secretários pediam a cabeça de jornalistas. Isso, para os idiotas, não é "ataque à liberdade de imprensa". No governo seguinte a grana para os jornais foi cortada, então voltaram os "ataques à liberdade de imprensa". Sacou? O que é pior: pagar os jornais e censurá-los ou cortar os recursos e deixar os jornais livres para massacrar o governo? Não pergunte para os idiotas. Eles darão voltas e voltas para cair no velho lugar comum que pauta seus incipientes cérebros de guaxinim.
P.S.: Censurar pesquisas não é um "ataque à liberdade de imprensa"?